O Joint Venture é uma parceria que pode proporcionar às empresas envolvidos ótimos resultados — ou prejuízos.
Afinal, assim como qualquer negócio empresarial, esse tipo de estratégia também possui alguns riscos e desvantagens, que devem ser conhecidos antes mesmo que você escolha sua parceira.
Nesse conteúdo, vamos saber mais sobre o Joint Venture, seus prós e contras, tipos e entre outras informações importantes. Boa leitura!
Clique na imagem para baixar o e-book Metodologias Ágeis, ou aqui.
Leia também:
O que é Joint Venture?
O Joint Venture é uma estratégia em que duas ou mais empresas combinam recursos, conhecimentos e habilidades para atingir um objetivo em comum, como explorar uma atividade econômica.
Além disso, esses acordos podem ser por tempo determinados — com curta ou longa duração — ou por tempo indeterminado, conforme as condições determinadas no contrato, que também devem prever questões como lucros, tomadas de decisões, prejuízos, custos e outros.
Como funciona o Joint Venture?
O Joint Venture funciona como uma parceria estratégica entre empresas que desejam melhorar a competitividade, lucratividade e até mesmo expandir o seu mercado para consumidores que não conseguem ainda alcançar.
Contudo, esse acordo deve ser benéfico para as duas partes, caso contrário, será difícil encontrar uma empresa disposta a aceitar essa parceria, ainda que por prazo determinado.
Por exemplo, em 2007 a Apple e a Nike se juntaram para alcançar o público que gostava de correr e acompanhar seu desempenho físico. Para isso, desenvolveram um dispositivo que permitia aos corredores monitorar seu desempenho físico usando um sensor de movimento da Nike em conjunto com o iPod da Apple.
Quais são os tipos de Joint Venture?
Para abranger os diferentes acordos comerciais que podem ser firmados entre as empresas, existem tipos de Joint Venture. Conheça as principais características de cada um abaixo:
1. Joint Venture Societária
Nessa modalidade, duas ou mais empresas se reúnem para formar uma nova sociedade, como uma personalidade jurídica própria.
Contudo, para desenvolver essa parceria é necessário maior tempo de planejamento e organização, especialmente por se tratar de um acordo focado em alcançar um objetivo específico. Inclusive, essa Joint Venture costuma ser por tempo determinado.
2. Joint Venture Contratual
Na Joint Venture contratual, as empresas combinam seus conhecimentos, experiências e recursos em prol de executar um determinado projeto de negócio.
Como nesse caso não é criada uma nova personalidade jurídica, as partes envolvidas estabelecem suas obrigações e direitos em um contrato, devidamente registrado conforme as determinações legais.
Além disso, na Joint Venture contratual as empresas dividem não apenas os lucros e resultados, como também os custos, os riscos e os prejuízos de forma igualitária — ou conforme previsão contratual.
Vale a pena seguir essa estratégia?
A Joint Venture é uma estratégia que vem ganhando força no mercado, especialmente com o modelo contratual, que facilita ainda mais a formação dessa parceria.
Contudo, esse acordo também possui algumas desvantagens que sua empresa precisa ficar atenta. Então, veja abaixo qual o lado positivo e negativo da Joint Venture:
Vantagens do Joint Venture
-
Oportunidade de alcançar novos mercados;
-
Divisão dos custos de operação e riscos envolvidos;
-
Obtenção de novas tecnologias e ferramentas;
-
Melhora da eficiência produtiva das empresas.
Desvantagens do Joint Venture
-
Negócio arriscado, que pode resultar em prejuízos;
-
Divergências entre as empresas participantes;
-
Desalinhamento das metas e expectativas;
-
Desarmonia na divisão de tarefas e responsabilidades;
-
Dificuldade durante as tomadas de decisões.
Exemplos de empresas que adotaram o Joint Venture
Além da Nike+iPod, que foi um sucesso entre os consumidores das marcas, existem outros exemplos de Joint Venture que também deram certo.
Contudo, nem todas as empresas alcançaram o desempenho esperado com essa estratégia, que resultou em prejuízos.
Veja abaixo exemplos de Joint Venture que foram um sucesso — e de algumas que seguiram o caminho contrário:
1. Simba Content
Essa parceria envolveu as emissoras SBT, Record e Rede TV!, visando oferecer os conteúdos nas plataformas de streaming e produzir canais alternativos para a televisão paga.
2. Unilever e Perdigão
Nessa parceria, em 2007, as empresas visam a ampliação do mercado das marcas Becel e Becel ProActiv. Para alcançar esse objetivo, a Perdigão ficou responsável pela produção, venda e distribuição, enquanto a Unilever investiu em pesquisa e desenvolvimento.
3. Boeing e Embraer
Essa Joint Venture (na verdade, duas) nem mesmo saiu do papel! Em 2018, as empresas anunciaram a criação de duas parcerias, uma voltada aos aviões comerciais e outra para as aeronaves de defesa. Contudo, dois anos depois anunciaram a desistência.
4. Caloi e Kikos
Lembra que falamos dos conflitos entre as empresas? Esse foi o motivo (judicial!) da dissolução da empresa Gymbrands Equipamentos de Ginástica, fruto de uma joint venture entre a Caloi e a Kikos. O motivo para o fim do contrato foi a situação econômica desfavorável da Gymbrands, após um processo judicial movido pela Caloi.
Já pensou em criar uma Joint Venture? Nos conta qual seria a empresa escolhida para essa parceria!