Da pesquisa interna ao ecossistema global
O conceito de inovação aberta já se consolidou como estratégia de grandes empresas. Mas um novo paradigma começa a ganhar espaço: em vez de apenas buscar ideias externas para resolver desafios internos, organizações estão explorando formas de comercializar suas próprias inovações para o mercado.
Esse movimento amplia a lógica da inovação aberta, transformando empresas em plataformas de tecnologia, capazes de gerar valor tanto de fora para dentro quanto de dentro para fora.
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Comercialização e licenciamento de ideias
Nesse novo cenário, ativos de inovação antes restritos aos laboratórios corporativos passam a ser monetizados por meio de:
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Licenciamento de patentes e tecnologias.
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Spin-offs corporativos: criação de novas empresas a partir de soluções internas.
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Parcerias estratégicas para codesenvolvimento.
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Transferência tecnológica para startups e universidades.
Exemplos de aplicação prática
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Indústria farmacêutica: grandes laboratórios licenciando moléculas para startups de biotecnologia.
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Setor automotivo: corporações transferindo patentes de baterias para ampliar a mobilidade elétrica.
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Empresas de tecnologia: criação de spin-offs para explorar novos mercados digitais.
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Universidades + corporações: codesenvolvimento de soluções aplicadas em escala.
Esses exemplos mostram que a inovação aberta pode ser tão relevante para gerar receita quanto para resolver problemas internos.
Desafios desse novo modelo
A comercialização de inovação enfrenta desafios como:
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Definição clara de propriedade intelectual.
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Estruturação de modelos de negócio sustentáveis.
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Alinhamento entre cultura de inovação e foco comercial.
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Necessidade de governança e compliance em contratos de licenciamento.
Sem essas bases sólidas, o risco de dispersão estratégica aumenta.
Conclusão
O novo paradigma da inovação aberta amplia as possibilidades das empresas no ecossistema global. Ao transformar suas inovações em ativos de mercado, organizações não apenas absorvem conhecimento externo, mas também compartilham valor com parceiros, startups e sociedade.
Mais do que colaborar, trata-se de criar uma rede de troca em que todos ganham.