A inclusão social das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possui mais um importante aliado: a tecnologia assistiva.
Através de técnicas, dispositivos e metodologias inteligentes, o conceito ajuda a aumentar a autonomia e qualidade de vida de deficientes, sendo um assunto essencial para empresas que querem melhorar a sua acessibilidade.
Para entender melhor como funciona a tecnologia assistiva e sua importância para a sociedade, continue lendo esse artigo!
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O que é tecnologia assistiva?
A tecnologia assistiva visa desenvolver recursos de acessibilidades para deficientes visuais, auditivos ou com mobilidade física reduzida, aumentando a qualidade de vida e inclusão dessas pessoas na sociedade.
A TA é aplicado em diversos ramos, sobretudo na educação e há também um conceito legal para a tecnologia assistiva, descrito na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015):
“tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.”
Quem nunca tropeçou andando nas calçadas devido a uma pedra solta? Ou precisou subir um batente muito alto para sair do asfalto?
São experiências ruins, não é mesmo?
Agora, imagine precisar fazer isso em uma cadeira de rodas, ou sem conseguir enxergar todos esses obstáculos…
Os exemplos acima são somente alguns dos desafios vividos por pessoas com deficiência, os quais não só atrapalham suas qualidades de vida, como também prejudicam sua autonomia.
No entanto, com os produtos e serviços desenvolvidos pela tecnologia assistiva, a realidade vivida por esse público pode ser alterada.
Afinal, essa área tem como principal objetivo criar soluções para esses desafios diários, aumentando a participação da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida em nossa sociedade.
Ou seja, por meio desse conceito, as barreiras enfrentadas por esse público serão cada vez menores.
Em quais áreas a tecnologia assistiva pode ser aplicada?
Além de saber o que é tecnologia assistiva, também é importante conhecer as áreas em que o conceito pode (e deve) ser aplicado, de modo a expandir sua capacidade de solução.
Então, veja abaixo os setores em que a TA é explorada e confira se o seu ramo não está incluído na lista:
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Engenharia: atua bastante no setor de mobilidade, criando soluções para espaços físicos públicos ou privados;
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Saúde: desenvolve técnicas que visam melhorar o bem-estar das pessoas, através de diversos ramos médicos;
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Assistência Social: acompanha as pessoas com deficiência, seja como amparo social ou oferecendo informações sobre os direitos disponíveis a eles;
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Psicologia: oferece apoio aos pacientes e suas famílias, através de técnicas inclusivas e cada vez mais eficientes;
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Recursos Humanos: essencial ao objetivo de inclusão social, visto que cria meios de inserção e adaptação desse público no mercado de trabalho;
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Arquitetura e Design: atua, muitas vezes, em conjunto com a engenharia na criação de soluções físicas para ambientes diversos;
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Informática: desenvolve dispositivos, aplicativos e demais tecnologias que facilitam a rotina e inclusão das pessoas com deficiência.
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Educação: promove a criação de abordagens, materiais e demais técnicas especificas que melhorem o acesso e entendimento desses estudantes durante toda formação acadêmica.
Ademais, para desenvolver soluções voltadas à tecnologia assistiva, é recomendado que o profissional realize cursos específicos, os quais vão aprofundar o conhecimento sobre o conceito e abrir a mente acerca de como desenvolvê-lo.
Exemplos de tecnologia assistiva
Em nosso dia a dia, visualizamos diversos exemplos de tecnologia assistiva sem ao menos conhecer o conceito.
Como as rampas de acesso, andadores, softwares ampliadores de tela, aparelhos auditivos, avatares para libras e muitas outras soluções simples, mas super importantes para a rotina desse público.
Contudo, existem outros exemplos de tecnologia assistiva mais desenvolvidos, que merecem uma atenção especial. São eles:
Be My Eyes
Be My Eyes é um aplicativo desenvolvido para ajudar pessoas com deficiência visual a enfrentar alguns obstáculos diários.
Através de uma chamada de vídeo, o app conecta os usuários a voluntários espalhados em todo mundo, que vão orientar visualmente a pessoa — identificando placas, nomes das ruas, datas de vencimento de um produto…
Enfim, eles “serão seus olhos”.
O aplicativo está disponível em português no Google Play e na App Store.
Guiaderodas
Inspirado em sites de avaliação, o Guiaderodas apresenta proposta semelhante, mas voltado à acessibilidade dos locais.
Ou seja, no aplicativo os usuários podem avaliar cada estabelecimento visitado, registrando as restrições de mobilidades identificadas no local — faltas de rampas, por exemplo.
Com o Guiaderodas, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida podem se direcionar a somente lugares capacitados a atendê-los, evitando as frustrações geradas pela falta de acessibilidade.
Você pode baixar o aplicativo pelo Google Play e App Store, ou acessar a plataforma através do site.
WeWALK
Lembra do exemplo das pedras na calçada, que apresentavam um risco aos deficientes visuais?
Além desses desafios da inclusão social, existem muitos outros obstáculos físicos que dificultam a locomoção dessas pessoas na rua, inclusive, favorecendo as quedas.
Para reduzir esses riscos, foi desenvolvida a bengala inteligente WeWALK, que utiliza sensores ultrassônicos para guiar o usuário e ajudá-lo a desviar objetos no caminho.
Além disso, o dispositivo pode ser integrado a um smartphone, permitindo o uso das informações do Google Maps durante a caminhada, além da função de controle por voz.